quinta-feira, 4 de junho de 2009

MEU RETORNO


MEU RETORNO
Eu estava de volta á minha casa. Nunca imaginaria que retornaria em uma situação tão desconfortavel como a de tratar do enterro de minha mãe.
Minha existência, depois doa meus dezesseis anos, quando da minha saída daquio, se transformou numa cadei de obrigações exigidas pela profissão. Sou modelo, não por minha escolha, mas pela imposição0 de minha mãe.Fui levada por esse caminhop por ela para explorar minha beleza á custa de uma vida de remissão, á custa da perda do meu amor.Desde minha tera idade, Sergei e eu descobrimos afinidades e carinho um pelo outro.Éramos a parte constante, unidos com carinho ae muito amor. Mesmo nessa idade, amei e fui amada e protegida. Sergei, filho de familha humilde, não teve permissão para continuar com nosso namoro aberto. Minha mãe alegou que ele não era de uma familha " tradicional" da cidade.
Fui mandada para morar na casa de meus tios.
Lá entrei no ritimo de trabalho de modelo mas nunca deixei de escrever as cartas prometidas para meu único amor. Nunca recebi uma resposta sequer. via Sergei em todos os homens. meus relacionamentos não seguiam para lugar algum. Tentei viver da melhor meneira possivel, procurando esconder mnha decepção amorosa.
Hoje, após o funeral, em companhia de minha amiga Sônia, muito solidárua comigo, revolvendo os objetos de minha mãe, separando os bens para a doação, encontramos em uma caixa todas as cartas que enviei a Sergei e as cartas que meu Sergei escreveu. A surprersa foi grande e muito dolorosa. Como ela conseguiu ter a posse dessas cartas/ Sônia, conhecendo todos os habitantes da cidade, matou a charada. Penalizada percebeu que minha mãe havia conseguido corromper com dinheiro a funcionária que trabalhava no correio, e assim interceptoou toda a nossa correspond~encia.
Que crueldade por parte de duas mulheres que se consideravam as mais justas e certas!
Meu Deus, quanto amor existia nas cartas, quantas juras de amor e quanto tempo perdido na infelicidade e na descreça. Quanto fiquei sem poder acreditar na existência do verbo amar? Como odiei minha mãe, mesmo ela morta!
Sônia me contou que sergei saíra da cidade havia tempos. Ele ganhou uma bolsa de estudos e estudou medicina. Hoje vive no sul do país, participa de uma sociedade lucrativa em uma clínica de doenças do coração e continua solteiro. Também ele não havia encontrado outro amor ou então não tinha conseguido esquecer aquele amor de sua juventude.
Dois dias depois, fui ao cemitério me despedir de minha mãe, pois estava indo embora da cidade. Parei diante do túmulo, coloquei nele algumas rosas, suas flores prediletas, e sem rancor; pedi a ela que gostaria que fosse realizado um milagre. Um milagre que só elka poderia realizar: o de unir Sergei a mim.
sai dali cabisbaixa e, quando cheguei ao potão do cemitério, encontrei á minha espera, o homem mais maravilhoso do mundo:ele, Sergei.
Ao saber do falecimento de minha mãe, veio até a cidade para ver de perto a mulher que sempre amou. Mesmo sem saber se seria recebido com o mesmo calor, confioou na sua estrela, e abriu os braços para me receber. O milagre tinha se realizado, e nessa hora eu tive certeza de que o melhor da vida é amar, porque o verdadeiro amor transcende tempo e espaço.
Maria Neyde Cioocchetti Pestana

Nenhum comentário:

Postar um comentário